domingo, 19 de abril de 2015

Pra refletir...

Já comentei algumas vezes, mas nunca deixei o Brasil, nem mesmo pra passeio. Meu trabalho atual me proporciona a possibilidade de viajar pelo Brasil inteiro, mas ir pra fora ainda não rolou e acredito muito que no dia em que eu imigrar será minha primeira experiência lá fora. Com base nisso, achei esse texto muito bem escrito e recomendo muito a leitura.
Créditos para: Antônia no Divã

É preciso ir embora
Ano passado, na festa de despedida de uma amiga, ouvia calada e com atenção seu dolorido discurso sobre o quanto ela se preocupava com a decisão de ir embora. Dizia se preocupar com a saudade antecipada da família, com a tristeza em deixar um amor pra trás e com a dor de se afastar dos amigos. Ela iria embora para Londres com tantas incertezas sobre cá e lá, que o intercambio mais parecia uma sentença ao exílio.
Dentre dicas e conselhos reconfortantes de outras amigas, lembro-me de interromper a discussão de forma mais fria e prática do que gostaria:
“Quando você estiver dentro daquele avião, olhar pra baixo e ver todas estas dúvidas e desculpas do tamanho de formigas, voltamos a falar. E você vai entrar naquele avião, nem que eu mesma te coloque nele.”
Ela engoliu seco e balançou a cabeça afirmativa.
Penso que na época poderia ter adoçado o conselho. Mas fato é que a minha certeza era irredutível, tudo que ela precisava era perspectiva. Olhar a situação de outro ângulo, de cima, e ver seus dilemas e problemas como quem olha o mundo de um avião. Óbvio, eu não tirei essa experiência da cartola. Eu, como ela, já havia sido a garota atormentada pelas dúvidas de partir, deixando tudo pra trás rumo ao desconhecido. Hoje sei que o medo nada mais era do que fruto da minha (nossa) obsessão em medir ações e ser assertiva. E foi só com o tempo e com as chances que me dei que descobri que não há nada mais libertador e esclarecedor do que o bom e velho tiro no escuro.
Hoje a minha amiga não tem mais dúvida. Celebra a vida que ela criou pra ela mesma lá na terra da rainha, onde eu mesma descobri tanto sobre minha própria realeza. Ironicamente – e também assim como eu – ela aprendeu que é preciso (e vai querer) muitas vezes uma certa distancia do ninho. Aprendeu que nem todo amor arrebatador é amor pra vida inteira. Que os amigos, aqueles de verdade, podem até estar longe, mas nunca distantes. Hoje ela chama o antigo exílio de lar, e adora pegar um avião rumo ao desconhecido. Outras, como eu, e como ela, fizeram o mesmo. Todas entenderam que era preciso ir embora.
É preciso ir embora.
Ir embora é importante para que você entenda que você não é tão importante assim,  que a vida segue, com ou sem você por perto. Pessoas nascem, morrem, casam, separam e resolvem os problemas que antes você acreditava só você resolver. É chocante e libertador – ninguém precisa de você pra seguir vivendo. Nem sua mãe, nem seu pai, nem seu ex-patrão, nem sua pegada, nem ninguém. Parece besteira, mas a maioria de nós tem uma noção bem distorcida da importância do próprio umbigo – novidade para quem sofre deste mal: ninguém é insubstituível ou imprescindível. Lide com isso.
É preciso ir embora.
Ir embora é importante para que você veja que você é muito importante sim! Seja por 2 minutos, seja por 2 anos, quem sente sua falta não sente menos ou mais porque você foi embora – apenas sente por mais tempo! O sentimento não muda. Algumas pessoas nunca vão esquecer do seu aniversario, você estando aqui ou na Austrália. Esse papo de “que saudades de você, vamos nos ver uma hora” é politicagem. Quem sente sua falta vai sempre sentir e agir. E não se preocupe, pois o filtro é natural. Vai ter sempre aquele seleto e especial grupo  que vai terminar a frase “Que saudade de você…”com  “por isso tô te mandando esse áudio”;  ou “porque tá tocando a nossa música” ou “então comprei uma passagem” ou ainda “desce agora que tô passando aí”.
Então vá embora. Vá embora do trabalho que te atormenta. Daquela relação que você sabe não vai dar certo. Vá embora “da galera” que está presente quando convém.  Vá embora da casa dos teus pais. Do teu país. Da sala. Vá embora. Por minutos, por anos ou pra vida. Se ausente, nem que seja pra encontrar com você mesmo. Quanto voltar – e se voltar – vai ver as coisas de outra perspectiva, lá de cima do avião.
As desculpas e pré-ocupações sempre vão existir.  Basta você decidir encarar as mesmas como elas realmente são – do tamanho de formigas.

sábado, 4 de abril de 2015

50000 visualizações :)

Só pra registrar, que um blog que fala de imigração, onde seu escritor está ainda no Brasil chegou as 50.000 visualizações.  Adoro quando alguém comenta algo ou que fala que acompanha o blog, isso inspira muito. Torcendo aqui pra ter novidades rápidas pra não deixar o blog as moscas.


No mais, agradeço demais a todos que passam nem que seja rápido por aqui e continuem acompanhando meu blog.


sábado, 14 de março de 2015

Sexta feira 13 com um mini infarto

Pois é povo.... Estava eu ontem na tranquilidade do meu trabalho (típica sexta ainda por cima 13),
quando eu vejo um e-mail que recebo no meu celular com o seguinte título:

Na hora eu quase tive um infarto: me deu uma tremedeira e um aperto que só vendo viu, devo ter até mudado de cor. Mas daí eu lembrei que em janeiro eu tinha mandado e-mail pro BIQ e isso poderia ser a resposta. Eis que o conteúdo do e-mail foi esse:
Monsieur,
Nous donnons suite à vos courriels du 28 janvier et du 10 février 2015.
L’examen préliminaire de votre demande, a  débuté en juin 2014. Pour cette raison, le nouveau pointage pour votre domaine de formation n’est pas applicable à votre cas. Cette liste est en vigueur à partir du 26 janvier 2015 et applicable aux cas dont l’examen préliminaire n’est pas amorcé. 
Concernant votre entrevue de sélection, nous vous informons que les missions sont planifiées en fonction du nombre des candidatures en provenance de chaque pays. 
Pour le moment, les entrevues par visioconférence (ou via Skype) ne sont pas possibles.
Dès que les dates pour la prochaine mission à Sao Paulo seront arrêtées, nous vous l’informerons opportunément 
Pour obtenir plus d’information, consultez le site :
Recevez, Monsieur, nos salutations distinguées.



Conclusões:
  1. Eles realmente leem os e-mails, mesmo que demorem pra responder;
  2. eu sabia que eu estaria sendo avaliado pelas regras de 2013 e mesmo assim eu perguntei sobre as novas (vai que cola);
  3. meu processo foi aberto em 04/2013 e começado a ser analisado em 06/2014 (pode isso, 14 meses pra analisar?);
  4. entrevista no país depende da quantidade de candidatos que estão esperando entrevista;
  5. entrevista por Skype, no way...

No mais, continuo no aguardo e fica minha dica: mandem e-mail pro BIQ quando tiver dúvidas, e mande todos os dias o mesmo e-mail que eles uma hora respondem, nem que seja pelo cansaço...


domingo, 15 de fevereiro de 2015

Videos sobre Canadá - Imigração

Assim como todo futuro imigrante, sempre temos uma fase onde estamos com a empolgação a 1.000 e essa fase é a fase de pesquisa, onde, normalmente, a gente não tem contato ainda com "pessoas reais" no processo de imigração, pois somente pesquisamos, lemos e acompanhamos 2000 blogs, mas nada de muito contato com muita gente. E é nessa mesma fase que também assistimos a vídeos sobre imigração, seja vídeos oficiais do governo ou vídeos que pessoas que já imigraram postam em seus canais. Particularmente eu acho essa fase ótima e péssima ao mesmo tempo, pois ao mesmo tempo que ficamos louco pra ser a gente a postar vídeos em terras canadenses, é um saco a gente pensar que temos muito chão pela frente nesse processo. Mas é a vida, faz parte.
Apesar dessa minha fase de pesquisa já ter acabado a um tempinho e hoje eu estou no purgatório da imigração (fase de espera) sempre me pego vendo alguns desses vídeos, pra eu não esquecer o que me motivou a seguir nesse caminho ao norte e por isso, vou colocar aqui os vídeos que eu me recordo de sempre acompanhar. Quem estiver nessa fase de pesquisa e não tiver visto ainda, pode ser algo tipo um "combustível" pra impulsionar nosso desejo de uma vida mais tranquila e justa.

1) O último que sair fecha a porta: pra mim esse dai é o que todo mundo vê e quem não viu, com certeza compensa ver, pois a gente se identifica de imediato com todas as pessoas deste documentário. Eita época boa, onde o BIQ era no Brasil e as coisas fluíam...


2) J'adopte un pays: uma série de vídeos que conta a trajetória de um casal saindo do Brasil.  Acho que são quase 20 vídeos, todos curtos, no máximo uns 15 minutos cada. Acho bem legal porque conta desde a despedida da família até os primeiros passos em terras geladas. No Youtube se encontra todos os vídeos desta série.




3) Você tem um lugar no Quebec: são uns vídeos que o Quebec fez pra promover a imigração, cada vídeo com um imigrante de uma nacionalidade diferente. Tem vídeos de 2 brasileiros também:


Sei que no Youtube tem muito mais, mas esses daí são os que lembro de acompanhar e até hoje quando estou meio desanimado, entro e dou uma olhada nesses vídeos. 
Pra quem vai assistir algum, boa seção...

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Texto interessante

Este post não é meu, vi ele no Facebook e resolvi colocar aqui também pra que ele tenha um alcance maior.  Acho que todo mundo tinha que tirar 5 minutos e ler esse post.
Créditos: Blog Amanda Viaja

O segredo de quem decide morar um tempo fora do país

morar-fora-amanda-viaja
Uma amiga me contou essa semana que está se mudando para Nova York. Não é para trabalhar e nem estudar. Tem 34 anos e está indo morar um tempo na cidade porque sempre quis. Outro amigo acaba de voltar de uma temporada no Canadá; havia sido demitido do emprego no Brasil, pegou o dinheiro e foi passar seis meses em Quebec. Não fez nada além de aproveitar a vida em bons jantares e festas com amigos. Um outro amigo faz o mesmo agora, mas na Europa.
Segundo o Itamaraty, cerca de 1,8 milhão de brasileiros vivem legalmente fora do país. A grande maioria não emigra com a intenção de permanecer. São pessoas em busca de trabalho, estudantes ou pessoas que simplesmente querem ter uma experiência de vida internacional – é o caso dos meus amigos.
Mas como essas pessoas conseguem dar um tempo da sua vida no Brasil para viver uma aventura em outro país, sem muitas preocupações do que fazer lá?
Existem algumas questões práticas para conseguir realizar esse desejo. E não estamos falando de vistos, da situação econômica do país nem nada. Estamos falando de você, da sua maneira de pensar e do que você deseja realizar na sua vida.
Coloque na sua cabeça: você não precisa de desculpas para morar um tempo fora do país.
Uma amiga terminou recentemente o mestrado em Paris e decidiu ficar mais um tempinho em terras francesas. Mas a decisão de ficar não foi tão fácil assim pra ela, afinal, não há mais nada que ela precise fazer lá. Não tem desculpas para ficar. Então ela disse confusa: “Eu vou dizer o que pras pessoas? Que eu vou ficar mais um pouco só porque gosto da minha rotina parisiense de tomar vinho e comer queijo? Não dá…”.
Pois eu acho que tomar vinho e comer queijo são ótimas justificativas para ficar em Paris. Por que não ficar mais um tempo se você pode, tem condições e vontade?
O escritor norte-americano Ernest Hemingway, que fez parte da comunidade de expatriados em Paris por volta de 1920, definiu o que os estrangeiros deveriam fazer no país: viver em Saint Germain-des-Pres, trabalhar em cafés, encontrar artistas e beber. Ele provavelmente compartilhava da minha filosofia favorita: você não precisa de desculpas para morar um tempo fora do país. Apenas vá. Viver.
Mas o que ainda impede muita gente de ir é a espera pela oportunidade perfeita – estudar, fazer um estágio ou trabalho. Ninguém quer “perder tempo”. Segundo a Belta, Brazilian Educational & Language Travel Association, a procura por cursos no exterior cresceu 21% nos últimos anos. Educação é sempre uma ótima desculpa, mas o que eu quero dizer com esse tópico é que se você não quiser pagar (e pagar muito) por um curso, você não precisa. Isso não impede você de morar em outro país por um tempo; não é pré-requisito. Todo país tem seu visto de turista para que você possa ficar lá por mais tempo do que numa viagem comum de duas semanas. A minha amiga que se mudou para Nova York, por exemplo, fala inglês fluente, já fez mil cursos de graduação e pós e não faz nem sentido ela inventar (e pagar) alguma coisa só para poder morar nos EUA por um tempo.
O problema em esperar as condições (que você considera) perfeitas para morar em outro país, é que elas podem nunca aparecer. E assim você acaba deixando de viver uma das experiências mais enriquecedoras da vida, a imersão em uma cultura diferente.
Você não precisa de desculpas. Mas precisa de dinheiro.
Não sejamos deslumbrados. Você não precisa de uma desculpa como estudar ou trabalhar para sair do país, mas você precisa de dinheiro. E para isso, não tem como fugir do convencional: é trabalhar e poupar. Uma prática digna, que nos transfere da postura de sonhador para realizador.
O que você perde e o que você ganha
Mais ou menos um século atrás, os ingleses consideravam um desvio que um dos seus admitisse o desejo de morar em outro país que não fosse a Inglaterra. E a maior desculpa usada por quem defendia a expatriação era que a experiência proporcionava uma melhor apreciação das virtudes de seu próprio país.
Hoje as coisas são diferentes inclusive no Brasil. É positivo você dizer que conhece e aprecia outras culturas, e que respeita suas diferenças. Isso mostra que seus valores sobre a humanidade são mais abrangentes.
E a coragem é admirável. Além de se aventurar num país novo, você deixa para trás qualquer vestígio de estabilidade. Serão dois recomeços, o de recomeçar num novo país e o de recomeçar na volta ao Brasil. E eu ouvi outro dia: “Nossa, mas ele vai passar esse tempo na Europa só gastando dinheiro?!”. E qual o problema? Não trabalhou pra isso? Não poupou pra isso? O sonho não era esse? Depois volta e recomeça. Sejamos práticos, por favor.
A vida é feita de escolhas e não dá para ter tudo sempre. Quem não tem disposição para passar um tempo em outro país, escolhe o conforto da vida estável. Quem se dispõe a encarar um novo país, escolhe o prazer da liberdade.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Novas...

Bom mes amis..

Estava eu hoje de bobeira e pensando sobre o eterno processo junto ao BIQ e resolvi mandar um e-mail pro qualite@midi.gouv.qc.ca pra externar meu descontentamento com a falta de retorno do BIQ.  Neste e-mail que eu mandei, expliquei que meu processo foi aberto em abril/13 e que ano passado, em dezembro/14 eu enviei pro BIQ as atualizações que ele me pediu e que mesmo depois de 1 mês ele não me disse mais nada. Pra nós que estamos acostumados a esperar uma eternidade pelos retornos do BIQ, 1 mês é muito pouco, mas como minha paciência hoje estava pouca, resolvi contar pra eles.
Enfim, hoje mesmo recebi uma resposta do e-mail que citei acima do pessoal do MIDI, dizendo que eles entraram em contato com o BIQ, que eles receberam os documentos e que eu teria que ter paciência (essa palavra mesmo que eles usaram), para que eu pudesse ter um retorno.
E não é que coincidentemente hoje o BIQ me respondeu? Isso mesmo povo.. o BIQ me respondeu.. E olha só:


Tudo bem que essa entrevista pode demorar uma eternidade pra acontecer, mas pelo menos AGORA eles me disseram: Tiago, por favor, não mande mais e-mail pra gente que a gente não vai te surpreender com nenhum pedido de documentos a mais. Aguarde a entrevista quieto pelo amor de Deus que a sua hora tá quase chegando. Tá bom, em 7 meses eu deixei de ter "Intenção de Rejeição" e tenho agora um "Se prepare pra entrevista", isso é uma vitória pra mim...

É melhor que nada, agora eu posso focar nos estudos e na preparação pra entrevista e seja o que Deus quiser.

No mais, acho que foi uma novidade boa ....
À bientôt...